Jensen Huang está mais otimista com o desenvolvimento da tecnologia que pode movimentar R$ 7,19 trilhão até 2035

O CEO da Nvidia, Jensen Huang, está otimista com o desenvolvimento da computação quântica — e fez comentários que animaram entusiastas da tecnologia prontos para diversificar suas carteiras de investimentos.
“A computação quântica está chegando a um ponto de inflexão”, disse Huang, na conferência de desenvolvedores GTC Paris. “Estamos perto de conseguir aplicar a computação quântica, a computação quântica clássica, em áreas que podem resolver alguns problemas interessantes nos próximos anos.”
As falas indicam nova visão do dono da empresa mais valiosa do mundo em relação à computação quântica. No início do ano, ele afirmou que a tecnologia ainda estava a décadas de distância de oferecer aplicações práticas e úteis para a sociedade.

Nvidia e o impacto financeiro do anúncio
- O mercado financeiro reagiu às recentes declarações de Huang e as ações de empresas ligadas à tecnologia subiram nesta quarta-feira (11), segundo a CNBC;
- A Quantum Computing subiu mais de 25% e a Rigetti Computing saltou mais de 11%;
- A IonQ e a D-Wave subiram até 10,6% e 4,6%, respectivamente, mas, depois, reverteram a tendência. A IonQ encerrou o pregão praticamente estável, enquanto a D-Wave caiu mais de 2%. Em comparação, o S&P 500 foi negociado praticamente estável;
- Outra companhia que merece destaque é a IBM, que teve valorização de 1,5%, fechando em US$ 276,24 (R$ 1.529,57, na conversão direta) por ação — já são oito pregões consecutivos de alta.

O cenário promissor da empresa estadunidense tem a ver com o plano ambicioso de construir o primeiro “computador quântico de larga escala e tolerante a falhas” do mundo até 2029. Batizado de IBM Starling, o computador será construído em um data center em Poughkeepsie, Nova York (EUA).
Leia mais:
Mas do que se trata computação quântica?
Computadores quânticos utilizam os princípios da física quântica e têm potencial para resolver, em segundos, problemas que levariam milhões de anos para os sistemas clássicos. Isso poderá impulsionar avanços significativos na ciência, medicina e previsão climática, como explicamos aqui.

Enquanto os computadores clássicos dependem de bits (zeros e uns) para armazenar e processar dados, os computadores quânticos processam informações de forma diferente, usando bits quânticos (qubits) em superposição.
O grande desafio é a busca por algoritmos e aplicações dentro das amplas categorias de uso esperado, além de desenvolver a estrutura em si, como explica a IBM. Amazon, Microsoft e Google também estão na corrida para avançar na tecnologia, que pode se tornar uma indústria de US$ 1,3 trilhão (R$ 7,19 trilhões) até 2035.

Colaboração para o Olhar Digital
Bruna Barone é formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Atuou como editora, repórter e apresentadora na Rádio BandNews FM por 10 anos. Atualmente, é colaboradora no Olhar Digital.

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.