Andrea Caldas, atual pró‑reitora de Graduação e Educação Profissional da UFPR, avalia os desafios da educação brasileira

Andrea Caldas, atual pró‑reitora de Graduação e Educação Profissional da UFPR, avalia os desafios da educação brasileira

Andrea Caldas, atual pró‑reitora de Graduação e Educação Profissional da UFPR, avalia os desafios da educação brasileira

A professora Andrea Caldas, atual pró‑reitora de Graduação e Educação Profissional da Universidade Federal do Paraná (UFPR), destacou que o Brasil enfrenta desafios significativos na área da educação, sobretudo relacionados à qualidade do ensino, ao acesso e às desigualdades regionais. Ela lembrou que a Lei nº 14.945/2024, que instituiu a Política Nacional do Ensino Médio (o chamado Novo Ensino Médio), ainda exige atenção e ajustes para alcançar seus objetivos.

Durante a entrevista, Andrea comemorou o número de inscritos no vestibular da UFPR em 2024: 39.566 candidatos, superando inclusive o período pré‑pandemia. Para ela, esse dado é um ponto extremamente positivo, pois revela o interesse crescente pela universidade pública.

A professora também comentou sobre as lutas dos professores no Paraná e em São Paulo, movimentos que, segundo ela, buscam melhorar as condições de ensino e impedir processos de privatização da educação.

No campo político, Andrea Caldas fez uma análise crítica do atual cenário nacional. Ela afirmou que não vê com bons olhos a Frente Ampla formada pelo governo Lula para garantir governabilidade. Segundo ela, Lula enfrenta dificuldades para governar, pois o Centrão tem caminhado lado a lado com a extrema‑direita bolsonarista. Como reflexo, as votações no Congresso Nacional têm sido cada vez mais acirradas, e ministros próximos ao presidente frequentemente sofrem ataques virulentos de deputados bolsonaristas durante audiências públicas na Câmara Federal.

Andrea também comentou sobre avanços e retrocessos recentes na área econômica. Ela ressaltou o aumento real do salário mínimo no governo Lula, mas alertou para propostas vindas do Centrão e de deputados bolsonaristas que buscam desvincular aposentadorias do salário mínimo. Citou ainda o aumento do IOF, tema que chegou a ter o apoio de Hugo Motta (Republicanos-PB e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP — representantes da Câmara e do Senado —, mas que acabou sendo revisto após pressões.

Outro ponto abordado foi o desemprego, que caiu para 6,2% da população economicamente ativa, um resultado considerado positivo. Porém, Andrea lembrou das chamadas emendas PIX, que, segundo ela, vêm comprometendo a governança: o Congresso Nacional teria “sequestrado” cerca de R$ 50 bilhões do orçamento da União, o que dificulta investimentos em infraestrutura, educação, saúde e meio ambiente.

Por fim, ela comentou sobre a recente aprovação no Congresso do aumento no número de deputados federais, mas acredita que o presidente Lula deverá vetar a proposta.

 

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